segunda-feira, julho 28, 2008

Romeu e Julieta do Grupo de Vanguarda


2º Exercício do Curso de Formação de Actores 2007/2008
A noite de ontem foi de aplausos. A In Impetus voltou a presentear o Belém Club com mais uma peça: Romeu e Julieta do Grupo de Vanguarda, de Vicente Sanches.


Com a promessa, Nunca se viu uma peça tal. Mas vai-se hoje ver. Vai-se hoje ver, os excelentíssimos espectadores e as excelentíssimas espectadoras encheram a sala e assistiram numa 1ª fase ao ensaio do Romeu e Julieta e numa 2ª fase à revolução do Grupo de Vanguarda.


Uma peça que pretende despertar a consciência do público e o convida a fazer uma reflexão acerca da vida e da morte.


Teatro dentro do teatro. Construir e desconstruir. Um desafio constante.


Parabéns e obrigada a todos! Todo o esforço e esperança valeram a pena e continuam a valer! Adoro fazer parte deste projecto! Aprendi muito e continuo a aprender.


Tal como na peça anterior - A Marcha - o sentimento de fazer teatro é indescritível, é maravilhoso. A vontade e prazer é constante e quem me dera poder fazê-lo todos os dias! Nesta peça que apresentámos ontem fiquei ainda com mais garra e a cada nova experiência a minha vontade é maior. O calor do público e as suas reacções acolhem-nos, são um incentivo. Tornam aquele momento ainda mais especial. Uma energia muito boa!


Desta vez, o meu personagem, estava do lado dos espectadores, como sendo um deles. Foi desafiante a interacção com os colegas que estavam no palco e também com os colegas que tal como eu fizeram de espectadores. Consegui uma outra visão da peça em si. Uma visão mais global.


Romeu e Julieta do Grupo de Vanguarda parte agora para o Festival Moita Mostra 2008, encontro d'artes em meio rural: próximo fim-de-semana na Aldeia da Moita (Conselho de Castro-Daire).




Em Setembro, dia 20 e 21, a peça estará de volta ao palco do Belém Club, Calçada da Ajuda, Lisboa.


In Impetus, sempre em frente!


Marta Amado.

sexta-feira, maio 23, 2008

As Lágrimas Amargas de Petra von Kant



O último projecto do Grupo de Teatro Miguel Torga: a peça "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant", de Rainer Werner Fassbinder.

Estará em cena dia 15 de Maio, no Teatro da Politécnica (FATAL), e nos dias 16, 19, 20, 22, 23 e 24 de Maio Faculdade de Ciências Médicas, anfiteatro 1. 21h30.


SINOPSE

Petra: (…) Houve momentos tão belos que… momentos em que se esquece tudo, tudo, como se se pudessem resolver todas as dificuldades, como se se pudesse encontrar uma base de entendimento, que… ora, a carroça estava atolada em merda.

Sidónia: Pobre de ti! Coitada!

Petra: As coisas são fáceis de lamentar, Sidónia, mas mais difíceis de compreender. Quando compreendo não devo lamentar, pois posso mudar o que compreendo. Só devo lamentar a sério o que não compreendo.

Sidónia: Já vejo que essa coisa toda fez de ti uma mulher dura. É pena, as mulheres duras sempre me desagradaram.

Petra: Pareço dura porque uso a cabeça. Não estás habituada a que as mulheres pensem. (…)



Minha opinião:
Não conhecia a história da peça mas o seu nome despertou muito a minha curiosidade. Por esse motivo, e também porque geralmente as peças realizadas pelo Grupo de Teatro Miguel Torga são sempre muito interessantes, combinei com um grupo de amigos e lá fomos todos ver a peça.
As expectativas foram mais do que superadas pela interpretação do elenco, e pela forma como o cenário ia sendo construido. O texto em si é profundo e toca-nos.
Todo o elenco está de parabéns e quero salientar o excelente trabalho das actrizes que interpretaram Petra (protagonista) e Marlène (empregada de Petra). Vera Bernardino conseguiu-nos transmitir a complexidade do seu personagem (Petra) ao longo de toda a peça. Da mesma forma, Marta Silva conseguiu com que o público captasse a presença sempre discreta mas importante do seu personagem Marlène. Sem proferir uma única palavra, as suas emoções e reacções eram totalmente perceptíveis através da expressão corporal e facial.
Uma peça onde os padrões da sociedade são expostos, onde o amor e os interesses são abordados de forma directa, sem tabus.
Uma peça que devia ser vista por todos.